segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Duas visões de mundo se confrontam em Copenhague

Matéria da Editoria:Meio Ambiente21/12/2009

Tanto o aquecimento global quanto as perturbações da natureza e a injustiça social mundial são tidas como externalidades, vale dizer, realidades não intencionadas e que por isso não entram na contabilidade geral dos estados e das empresas. Finalmente o que conta mesmo é o lucro e um PIB positivo. Mas estas externalidades se tornaram tão ameaçadoras que estão desestabilizando o sistema-Terra, mostrando a falência do modelo econômico neoliberal e expondo em grave risco o futuro da espécie humana. O artigo é de Leonardo Boff.

Data: 19/12/2009
Em Copenhague nas discussões sobre as taxas de redução dos gases produtores de mudanças climáticas, duas visões de mundo se confrontam: a da maioria dos que estão fora da Assembléia, vindo de todas as partes do mundo e a dos poucos que estão dentro dela, representando os 192 estados.
Estas visões diferentes são prenhes de conseqüências, significando, no seu termo, a garantia ou a destruição de um futuro comum.
Os que estão dentro, fundamentalmente, reafirmam o sistema atual de produção e de consumo mesmo sabendo que implica sacrificação da natureza e criação de desigualdades sociais.
Crêem que com algumas regulações e controles a máquina pode continuar produzindo crescimento material e ganhos como ocorria antes da crise. Mas importa denunciar que exatamente este sistema se constitui no principal causador do aquecimento global emitindo 40 bilhões de toneladas anuais de gases poluentes.
Tanto o aquecimento global quanto as perturbações da natureza e a injustiça social mundial são tidas como externalidades, vale dizer, realidades não intencionadas e que por isso não entram na contabilidade geral dos estados e das empresas.
Finalmente o que conta mesmo é o lucro e um PIB positivo.
Ocorre que estas externalidades se tornaram tão ameaçadoras que estão desestabilizando o sistema-Terra, mostrando a falência do modelo econômico neoliberal e expondo em grave risco o futuro da espécie humana.
Não passa pela cabeça dos representantes dos povos que a alternativa é a troca de modo de produção que implica uma relação de sinergia com a natureza.
Reduzir apenas as emissões de carbono mas mantendo a mesma vontade de pilhagem dos recursos é como se colocássemos um pé no pescoço de alguém e lhe dissésemos: quero sua liberdade mas à condição de continuar com o meu pé em seu pescoço.
Precisamos impugnar a filosofia subjacente a esta cosmovisão. Ela desconhece os limites da Terra, afirma que o ser humano é essencialmente egoista e que por isso não pode ser mudado e que pode dispor da natureza como quiser, que a competição é natural e que pela seleção natural os fracos são engolidos pelos mais fortes e que o mercado é o regulador de toda a vida econômica e social.
Em contraposição reafirmamos que o ser humano é essencialmente cooperativo porque é um ser social. Mas faz-se egoísta quando rompe com sua própria essência. Dando centralidade ao egoísmo, como o faz o sistema do capital, torna impossível uma sociedade de rosto humano. Um fato recente o mostra: em 50 anos os pobres receberam de ajuda dois trilhões de dólares enquanto os bancos em um ano receberam 18 trilhões. Não é a competição que constitui a dinâmica central do universo e da vida mas a cooperação de todos com todos. Depois que se descobriram os genes, as bactérias e os vírus, como principais fatores da evolução, não se pode mais sustentar a seleção natural como se fazia antes. Esta serviu de base para o darwinismo social. O mercado entregue à sua lógica interna, opõe todos contra todos e assim dilacera o tecido social. Postulamos uma sociedade com mercado mas não de mercado.
A outra visão dos representantes da sociedade civil mundial sustenta: a situação da Terra e da humanidade é tão grave que somente o princípio de cooperação e uma nova relação de sinergia e de respeito para com a natureza nos poderão salvar. Sem isso vamos para o abismo que cavamos. Essa cooperação não é uma virtude qualquer. É aquela que outrora nos permitiu deixar para trás o mundo animal e inaugurar o mundo humano. Somos essencialmente seres cooperativos e solidários sem o que nos entredevoramos. Por isso a economia deve dar lugar à ecologia. Ou fazemos esta virada ou Gaia poderá continuar sem nós. A forma mais imediata de nos salvar é voltar à ética do cuidado, buscando o trabalho sem exploração, a produção sem contaminação, a competência sem arrogância e a solidariedade a partir dos mais fracos. Este é o grande salto que se impõe neste momento. A partir dele Terra e Humanidade podem entrar num acordo que salvará a ambos.
Leonardo Boff é teólogo e escritor.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

O compromisso que vale a pena ser mantido


“Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade”.

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Por Hamilton Octavio de Souza

Aprovada pela Organização das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa 61 anos, é uma importante referência para a maior parte dos povos do mundo, mas, ainda, não passa de uma bela declaração de intenções – e não um fato concreto na vida das pessoas, inclusive no Brasil.

A declaração nasceu sob o impacto da Segunda Guerra Mundial, durante aquela situação de barbárie responsável pela morte de milhões de pessoas, não apenas nos campos de batalha, mas principalmente nos campos de extermínio do nazismo, sob o bombardeio das cidades e dizimados pelas bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos em Hiroshima e Nagasaki.

Além disso, o mundo sabia – em 1948 – que a única forma de construir uma nova situação de paz e bem-estar para o conjunto da humanidade seria o estabelecimento de um pacto mínimo de respeito aos direitos básicos e fundamentais de todos os cidadãos, independentemente de raça, cor, credo e posição política. Esperava-se que a Declaração Universal dos Direitos Humanos pudesse ser aplicada e concretizada na face da Terra.

Agora, 61 anos depois, tanto no plano internacional das relações entre países, quanto no plano interno de cada país, é possível verificar que ainda falta muito para avançar na direção dos compromissos definidos na DUDH. O que as tropas dos Estados Unidos fazem na invasão do Iraque e do Afeganistão, e com os sequestros e torturas praticados na base militar de Guantánamo, são inconcebíveis na ótica dos direitos humanos.

Da mesma forma, sob a hegemonia do sistema capitalista neoliberal foram derrubados inúmeros benefícios trabalhistas e sociais conquistados ao longo da segunda metade do século 20. Hoje, o Artigo 23 da Declaração não passa de uma promessa vazia, esquecida pelos governantes e inviabilizada pelo poder econômico: “Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições eqüitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego”.




O mais contraditório de tudo é que a humanidade aprimorou o seu conhecimento tecnológico e produz hoje alimentos e bens suficientes para proporcionar uma vida digna para todos. No entanto, o que gera a desigualdade, a concentração da riqueza produzida, a abundância de uma minoria e a carência de muitos é a ganância – a visão das elites em manter seus privilégios a qualquer custo, mesmo que à sua volta exista um mar de miséria e de abandono.

Por isso mesmo o Artigo 25 de Declaração também é uma promessa: “Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para lhe assegurar e à sua família a saúde e o bem-estar, principalmente quanto à alimentação, ao vestuário, ao alojamento, à assistência médica e ainda quanto aos serviços sociais necessários, e tem direito à segurança no desemprego, na doença, na invalidez, na viuvez, na velhice ou noutros casos de perda de meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade”.

Finalmente vale lembrar que aqui, no Brasil, uma das propostas da DUDH, essencial para a realização da vida de todo ser humano, continua distante de boa parte das pessoas: é a que está contemplada no Artigo 26, que assegura o direito à educação, tanto no ensino elementar quanto no ensino superior. Como falar em respeito aos direitos humanos se ainda existem milhões de analfabetos no Brasil, o tempo de escolaridade é baixíssimo e a falta de ensino superior público e gratuito restringe o futuro da maioria dos jovens?

É hora de o Brasil levar a sério o que assinou há 61 anos. Pelo menos isso!

Hamilton Octavio de Souza é jornalista, editor da Caros Amigos e professor da PUC-SP-- Ousar lutar, ousar vencerCarlos LamarcaÉ preciso não ter medo, é preciso ter a coragem de dizerCarlos Marighella

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

VAMOS ASSISTIR O VIDEO?

Amigos do Amor, Fazendo a Diferença no Rancho dos Servos Pobres
O mundo precisa de paz, precisa do amor, que é o mais belo e imprescindível sentimento do qual somos capazes. Ao invés de esperarmos que o mundo ...


entre no: YOU TUBE

digite a palavra "servos dos pobres"

boa reflexão, PAZ

domingo, 6 de dezembro de 2009

MENSAGEM - A FELICIDADE


Um amigo meu, chamado Paulo, ganhou um automóvel de presente de seu irmão, no Natal.
Na noite de Natal, quando Paulo saiu de seu escritório, um menino de rua estava andando em volta do reluzente carro novo, admirando-o.
- Este carro é seu, senhor? - ele perguntou.
- Sim, meu irmão me deu de Natal...
O garoto ficou boquiaberto.
- Quer dizer que foi um presente de seu irmão, e não lhe custou nada? Rapaz, quem me dera... Ele hesitou.
É claro que Paulo sabia que ele ia desejar ter um irmão como ele. Mas o que o garoto disse chocou tanto a Paulo, que ele ficou desarmado.
- Quem me dera - continuou o garoto - eu ser um irmão como esse!
Paulo olhou o garoto com espanto, e então, carinhosamente, perguntou:
- Você gostaria de dar uma volta no meu automóvel?
- Ó, sim, eu adoraria!
Depois de uma voltinha, o garoto virou-se e, com os olhos incandescentes, disse:
- O senhor se importaria de passar em frente à minha casa?
Paulo sorriu. Pensou que soubesse o que o menino queria. Ele queria mostrar para os vizinhos que podia chegar em casa num carrão. Mas Paulo estava, novamente, enganado.
- Pode parar em frente daqueles dois degraus? - perguntou o garoto.
Após ter parado, ele subiu, correndo, os degraus da pequena casa em que vivia.
Passados alguns momentos, Paulo viu-o retornar vagarosamente, pois carregava seu irmãozinho paralítico no colo. Sentou-o no degrau inferior, abraçou fortemente e apontou para o carro.
- Aí está o carro, amigão, exatamente, como eu te contei lá em cima. O irmão desse moço deu o carro a ele, de presente de Natal. Não lhe custou nem um centavo. Algum dia eu também vou te dar um igual. Então, você poderá ver com seus próprios olhos, as vitrines de Natal e todas as coisas bonitas sobre as quais eu venho tentando lhe contar.
Paulo saiu do carro e colocou o menino paralítico no banco da frente. O irmão mais velho, com os olhos brilhando, sentou-se no banco traseiro, e os três deram uma volta pelas ruas.
A felicidade é muito maior
quando proporcionamos
um pouco da nossa
a alguém!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Dificuldades na assistência - na CIDADE DE SÃO PAULO

jornal Estadão – domingo – 15/11/2009
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20091115/not_imp466586,0.php

A rede de assistência social da cidade de São Paulo está num processo de desgaste provocado pelos atrasos nos repasses de recursos e pela redução das verbas do poder público destinadas à assistência social. Entre 2005 e 2008, a administração municipal aumentou em 120% os recursos destinados às
entidades conveniadas às quais a rede fora entregue. A intenção era descentralizar, melhorar e democratizar o atendimento. Em contrapartida, o total de assistidos cresceu, no período, 50%.
Hoje, há aproximadamente 360 entidades conveniadas com a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) que, através de quase mil contratos, atendem pelo menos 165 mil pessoas. Muitas, no entanto, ameaçam fechar as portas e suspender os convênios firmados com a Prefeitura porque não têm mais como suportar sozinhas o ônus resultante dos dissídios salariais e da inflação sobre os produtos necessários para o atendimento dos carentes nos albergues, casas de recuperação de adolescentes, de crianças abandonadas e vítimas de violência, centros de convivência, núcleos para pessoas com deficiências, entre outros.
Nos últimos dois anos, os gastos subiram 19% enquanto o orçamento municipal para a rede de proteção social permaneceu congelado. Resultado: 4.877 profissionais foram demitidos no setor, a fila de espera por atendimento nas entidades conveniadas é de pelo menos 100 mil pessoas e, em muitas regiões, a qualidade da assistência decaiu.
Está em marcha, portanto, o desmanche de um modelo de parceria que, bem gerido, é apontado como a melhor fórmula para o atendimento público à saúde, à cultura e à assistência social. As parcerias flexibilizam a operação, descentralizam a gestão, elevam a eficiência e reduzem o custo. Mas é preciso que as entidades conduzam os serviços com incentivos e fiscalização da administração municipal, que, por sua vez, deveria fazer cumprir um contrato de gestão, com metas definidas de atendimento e qualidade.
A administração competente desse modelo no período de 2005 a 2008 assegurou agilidade no atendimento, inspirando-se em conceitos e procedimentos da gestão privada. Ficou evidente, nesses anos, que o contingente de crianças pedintes nas ruas parou de aumentar, assim como o número de moradores de ruas.
Hoje, porém, a SAS, parece ter perdido a noção do seu papel e da sua responsabilidade nesse sistema. Em entrevista ao Estado, publicada há dias, a chefe de gabinete da secretaria, Maria Luiza Gomes de Azevedo, afirmava que "é necessária uma contrapartida financeira das organizações". Ora, se as entidades assumem função do governo municipal, no atendimento da rede e gerenciamento das suas unidades, o mínimo que a Prefeitura tem a fazer é assegurar os custos desse atendimento. "Nossa boa vontade é limitada pelas nossas restrições financeiras", disse a chefe de gabinete ao explicar as razões do congelamento de recursos. O bom funcionamento da rede de proteção social não pode se alicerçar apenas em boa vontade, mas depende da competência na implantação de uma política que oriente os convênios, incorporando os princípios da Lei Orgânica de Assistência Social (Loas) e defendendo os direitos dos que a ela recorrem.
Os fundamentos da parceria que a administração pública estabelece com as instituições filantrópicas se centram na permanente busca dos melhores resultados, pela ação em rede, pela avaliação constante do desempenho e pela transparência nas iniciativas e relações estabelecidas.
O Fórum da Assistência Social (FAS) reivindica recursos para cobrir os reajustes com os quais as entidades arcaram sozinhas, uma 13ª parcela nos convênios firmados e fim dos atrasos nos repasses. Na Câmara Municipal, pressionam os vereadores para ampliar as verbas destinadas ao setor no Orçamento 2010. Hoje, os recursos totais à disposição da rede, somando verbas municipais e repasses estaduais e federais, atingem R$ 704 milhões. O dobro seria necessário para obter a qualidade satisfatória do serviço prestado.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

NOSSOS AGRADECIMENTOS À BRICO BREAD QUE NOS AJUDA EM FAZER "GENTE FELIZ"
















BRICO BREAD ALIMENTOS

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Cotia - São Paulo

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terça-feira, 27 de outubro de 2009

OBJETIVO DO PROCESSO TERAPÊUTICO

O objetivo do processo terapêutico é facilitar o movimento natural da vida, criando opotunidades, para que o paciente aprenda sobre ele mesmo. Os sintomas que produzem a necessidade da procura do processo psicoterapêutico tendem a desaparecer a medida em que paciente e psicoterapeuta têm um insight do que eles querem ensinar. Resumindo, o objetivo de um processo psicoterapêutico é dar condições para que o paciente se desenvolva aprendendo sobre si mesmo por meio de seus sintomas e das trocas estabelecidas neste processo.

Já dizia Santo Agostinho de nada adianta o homem conhecer e mundo inteiro e não conhecer a sua própria alma.
viste o site: http://www.psicologaangelamarthas.com/

domingo, 18 de outubro de 2009

A MENSAGEM DE VIKTOR FRANKL

Na Ass. Servos dos probres, atendo os irmãos em grupo, usando a metologia do AA (Alcóolatras Anônimos) - [os dozes passos e as doze tradições]. Também utilizo muito os conceitos da Logoterapia, 3-ª escola da Psicologia, fundada emViena, por um neurologista judeu Viktor Emil Frankl, ela procura conscientizar a pessoa do sentido da vida e das suas responsabildades perante a mesma, a vida nos indaga a cada momento, somos responsáveisl pela resposta.

Obr.
ATT,
ANGELA
A MENSAGEM DE VIKTOR FRANKL
"Um pensamento me traspassou: pela primeira vez em minha vida enxerguei a verdade tal como fora cantada por tantos poetas, proclamada como verdade derradeira por tantos pensadores. A verdade de que o amor é o derradeiro e mais alto objetivo a que o homem pode aspirar. Então captei o sentido do maior segredo que a poesia humana e o pensamento humano têm a transmitir: a salvação do homem é através do amor e no amor. Compreendi como um homem a quem nada foi deixado neste mundo pode ainda conhecer a bem-aventurança, ainda que seja apenas por um breve momento, na contemplação da sua bem-amada. Numa condição de profunda desolação, quando um homem não pode mais se expressar em ação positiva, quando sua única realização pode consistir em suportar seus sofrimentos da maneira correta - de uma maneira honrada -, em tal condição o homem pode, através da contemplação amorosa da imagem que ele traz de sua bem-amada, encontrar a plenitude. Pela primeira vez em minha vida, eu era capaz de compreender as palavras: 'Os anjos estão imersos na perpétua contemplação de uma glória infinita'."
http://www.veritatis.com.br/article/3396 visite o site e conheça VIKTOR EMIL FRANKL
postado por ANGELA CABOCLO, atende como colaboradora nossos Irmãos, todas as segundas-feiras

domingo, 27 de setembro de 2009

SÂO VICENTE DE PAULO - CONFESSOR


(+ Paris, 1660)
Foi o fundador da Congregação da Missão e, juntamente com Santa Luísa de Marillac, das Irmãs da Caridade. Sua vida é tão movimentada que faz lembrar uma obra de ficção. Nasceu de uma família muito pobre em Landes, França; quando menino guardou porcos, e só pôde completar seus estudos porque auxiliado por uma advogado caridoso, cujos filhos ajudou a educar ao mesmo tempo em que ele próprio estudava. Ordenado sacerdote aos 19 anos, passou a dar aulas particulares para se manter. Durante uma viagem marítima, caiu prisioneiro de piratas maometanos e foi conduzido à África, como escravo. Foi comprado por um médico árabe que lhe ensinou os segredos da medicina, e em troca São Vicente o converteu à Fé católica. Conseguindo retornar à França, empenhou-se na prática da caridade cristã, tanto espiritual quanto corporal, chegando a ter grande penetração na Corte. Foi capelão e conselheiro da rainha Margarida de Valois e prestou assistência ao rei Luís XIII moribundo. Fez parte do Conselho da Regência, durante a menoridade de Luís XIV, e exerceu grande influência sobre a rainha Ana d`Áustria. Fortunas espantosas, provenientes de coletas entre a alta nobreza, passavam por suas mãos e eram distribuídas aos necessitados de toda a França, sem em nada alterar sua nobreza e simplicidade. Aos próprios parentes, pobres e necessitados, nunca quis favorecer, confiando-os à Divina Providência. Recebeu um benefício eclesiástico muito rendoso, que lhe assegurava uma vida sem preocupações econômicas, mas renunciou a ele, por achar que não era conveniente para sua santificação. Aproveitou a enorme influência política que desfrutava pra conseguir a nomeação de Bispos virtuosos, dispostos a promover na França uma salutar reforma e a combater os erros do jansenismo. Incentivou a idéia de uma expedição armada contra a Inglaterra protestante que proibia, sob pena de morte, a atuação dos católicos em seu reino. Morreu em 1660, cercado da consideração geral, e foi canonizado em 1737.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

19/08/2009 - DIA NACIONAL DE LUTA DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA

Carta Aberta à População

Cinco anos do massacre de pessoas em situação de rua no Centro de São Paulo

Entre os dias 19 e 22 de agosto de 2004, 15 pessoas foram violentamente atacadas enquanto dormiam nas ruas no Centro da cidade, sendo que 7 delas morreram. Posteriormente, no dia 23 de maio de 2005, uma testemunha do massacre foi morta por policiais militares. Organizações e movimentos sociais estão juntos no dia de hoje para denunciarem a morosidade, o descaso, a omissão das autoridades na punição dos culpados.

Repudiamos as ações higienistas que confundem pessoas em situação de rua com aquelas que atuam ilicitamente na cidade como a ação realizada pela Polícia Militar, no dia de ontem, 18 de agosto, no Parque Dom Pedro II. Ao invés de políticas públicas, a repressão e a violência têm sido frequentes com o objetivo de expulsar as pessoas em situação de rua do centro da cidade,
Não é de se estranhar a sintonia da reportagem veiculada na Veja São Paulo (Edição 2126 nº. 33 de 19 de agosto - Profissão Mendigo) com conteúdos que revelam a falta de respeito e de ética e que acentuam o preconceito. Uma matéria que mais confunde e julga do que esclarece os processos sociais da pobreza. Quais as motivações que levaram a revista a publicar esta matéria justamente na semana em memória do massacre de 2004?
Lutamos:
· Contra a impunidade e pela apuração e punição dos culpados;
· Pelo fim de toda forma de violência nas ruas, inclusive a policial;
· Por políticas públicas de trabalho, habitação, saúde e educação para as pessoas em situação de rua.

Ato organizado pelo Fórum Permanente de Acompanhamento das Políticas Públicas para a População em Situação de Rua constituído por fóruns, organizações e movimentos sociais, em especial, pelo Movimento Nacional da População de Rua – Comissão de São Paulo.

Anderson Lopes Miranda Movimento Nacional da População de Rua -SP 011 7603-8719 OU 7551-3218
011-2111-1864 comercial
ADEMIR DE SOUZA - AFSP - (11) 9551.9948

domingo, 16 de agosto de 2009

ROSTO AMAZÔNICA DA IGREJA

As CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), surgidas no Brasil na década de 1960, congregam pessoas das classes C e D em torno da fé cristã. São a presença da base social na Igreja e da Igreja na base social. Atuam em vários países da América Latina, África e Ásia.Entre 21 e 25 de julho, lideranças das CEBs brasileiras se encontraram no 12º interclesial, em Porto Velho (RO), para orar e debater o tema Ecologia e Missão – Do ventre da terra, o grito que vem da Amazônia. Eram, ao todo, 2.174 leigos; 238 religiosos(as); 331 sacerdotes; e 56 bispos católicos, entre bispos, pastores e fiéis das Igrejas Episcopal Anglicana do Brasil, Metodista, Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e Unida de Cristo do Japão. O caráter pluriétnico, pluricultural e plurilinguístico do encontro transparecia no rosto das 38 nações indígenas presentes, acompanhadas de quilombolas, seringueiros, ribeirinhos, posseiros e migrantes do campo e da cidade.O primeiro dia teve como patrono Dom Helder Câmara, cujo centenário de nascimento se comemora este ano. Os participantes analisaram a realidade local em plenários que levavam nomes de doze rios da bacia amazônica: Madeira, Juruá, Purus, Oiapoque, Guamá, Tocantins, Tapajós, Itacaiunas, Guaporé, Gurupi, Araguaia e Jari. Partilharam-se experiências em relação à nossa Casa comum, a Terra, a partir do bioma amazônico e dos demais biomas do Brasil (cerrado, caatinga, pantanal, pampas, mata atlântica e manguezais da zona costeira).Constatou-se que a Casa está ameaçada pelo desmatamento, com o avanço da pecuária, das plantações de soja, cana, eucalipto e outras monoculturas, sobre áreas de florestas; pela ação predatória de madeireiras; pelas queimadas, poluição e envenenamento das águas, peixes e seres humanos pelo mercúrio dos garimpos; pelos rejeitos das mineradoras; pelo lixo nas cidades; pelo crescente tráfico de drogas, e o extermínio de jovens devido à violência urbana.Todos ergueram seu apelo para que a Amazônia, onde vivem 23 milhões de pessoas, não seja tratada como colônia, de onde se retiram suas riquezas em favor de interesses alheios. É preciso que os governantes, pautados por uma ética do cuidado, adotem uma política de contenção de projetos que agridem a Amazônia e seus povos da floresta - quilombolas, ribeirinhos, migrantes do campo e da cidade -, numa perspectiva que efetivamente inclua os amazônidas como colaboradores. Falou-se também de responsabilidades em relação ao uso da água, da terra e do solo urbano.A Caminhada dos Mártires se dirigiu ao local onde o rio Madeira foi desviado e, em cujo leito seco, ao som dos estampidos das rochas dinamitadas, está sendo concretada a barragem da hidroelétrica. Celebrou-se ali ato penitencial por todas as agressões contra a natureza e a vida humana. Defronte às pedreiras que acolhiam as águas das cachoeiras de Santo Antônio, agora secas, ao lado da primeira capela construída na região, foram proclamadas as bem-aventuranças evangélicas (Mateus 5, 1-12).No segundo dia, visitaram-se populações indígenas, comunidades afrodescendentes, ribeirinhas, extrativistas, grupos vivendo em assentamentos rurais ou em áreas de ocupação urbana; bairros da periferia; hospitais, prisões, casas de recuperação de pessoas com dependência química, e ainda a trabalhos com menores ou pessoas com deficiência.No terceiro dia, as celebrações aconteceram nos rios, resgatando memórias da espiritualidade dos povos da região. À tarde, abriu-se lugar aos testemunhos: a oração dos xerentes do Tocantins, que celebraram seu ritual pelos mortos; dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba, retomou em sua história a trajetória dos negros no Brasil; Marina Silva, senadora pelo Acre e ex-ministra do Meio Ambiente, narrou sua trajetória de menina analfabeta do seringal para a cidade de Rio Branco e de lá para São Paulo, mas principalmente sua incessante busca, a partir da fé herdada de sua avó, alimentada nas CEBs, da leitura da Palavra de Deus e do exemplo de Chico Mendes. Por fim, acompanhou-se, por vídeo, o testemunho de dom Pedro Casaldáliga.Os participantes se comprometeram a fortalecer as lutas dos movimentos sociais populares: dos povos indígenas, pela demarcação e homologação de suas terras, e respeito às suas culturas; dos afrodescendentes, pelo reconhecimento e demarcação das terras quilombolas; das mulheres, por sua dignidade e igualdade; dos ribeirinhos, pela legalização de suas posses; dos atingidos por barragens, pela restituição de seus meios de sobrevivência e indenização por suas benfeitorias; dos sem terra, apoiando-os em suas ocupações e na luta pela reforma agrária; e dos movimentos ecológicos, contra a devastação da natureza, pela defesa das águas e dos animais. O encontro escolheu a Igreja do Crato (CE) para acolher, nas terras do Padim Cícero, em data a ser marcada, o 13º Intereclesial.Amém! Axé! AwÍrI! Aleluia!
Frei Betto é escritor, autor, em parceria com Leonardo Boff, de “Mística e Espiritualidade” (Garamond), entre outros livros

domingo, 9 de agosto de 2009

A CARTILHA DA ÁGUA

DICAS PARA A PRESERVAÇÃO DAS ÁGUAS

O bom uso da água .
De toda a água doce existente na Terra, quase tudo vai para a agricultura e as indústrias. Para os seres humanos sobra pouco. Sabendo usar a água, sem desperdício, você já está ajudando.
Não permita que joguem lixo perto ou dentro da água.
Água contaminada, usada pelas pessoas, traz doenças e prejudica todo mundo. Faça a sua parte: não permita que joguem o lixo perto de qualquer água, rio, poço, lagoa, nascente.

Cuidado com o esgoto
Quem joga na rua lixo e esgoto distribui sujeira e doença para a própria família, os vizinhos e a comunidade. Faça a sua parte: escolha um lugar certo para o lixo e para o esgoto.

Separe os restos de comida.
Restos de comida podem ser enterrados para adubar a terra e evitar doenças. Papel, plástico e latas podem ser usados de novo ou vendidos. Faça a sua parte: acostume-se a separar o lixo.

Deixe os rios e as árvores em paz .
Rios poluídos prejudicam a saúde de todo mundo. A mata e a vegetação ajudam a manter os rios limpos. Faça a sua parte: proteja a natureza para que ela te proteja.

A PRESERVAÇÃO DE NOSSOS DIREITOS

Tenha mais cuidados, para ter mais saúde
Hospitais e postos de saúde estão cheios de pessoas doentes por falta de cuidados com água, esgoto e lixo. Faça a sua parte: tome cuidados. Que tal deixar o serviço médico para quem realmente precisar ?

Colabore com campanhas públicas.
Quando você colabora, todo mundo sai ganhando (você, sua família, seus vizinhos, a comunidade, a cidade). Faça a sua parte: participe e chame os outros para ajudar.

Exija que respeitem seus direitos
Água encanada, rede de esgoto e coleta de lixo são direitos seus e dever do governo. Faça a sua parte: vá ao governo da sua cidade, junto com seus vizinhos e os líderes comunitários, exigir seus direitos.

Procure conhecer as leis
O Brasil tem as melhores leis ambientais do mundo, que não são cumpridas porque poucas pessoas conhecem as leis e os direitos. Faça a sua parte: procure saber mais sobre seus direitos.
Procure ajuda sempre que precisar
Agrupando organizações sociais, advogados populares e o Ministério Público Federal foi criada a DEFENSORIA DA AGUA para ajudar a quem precisa. Faça a sua parte: nós faremos a nossa.

A POLUIÇÃO TE INCOMODA?
70% do consumo da água provem de atividades agrícolas;
20% do consumo da água provem de atividades industriais;
Depois de usada, a água, normalmente retorna à natureza sem ser limpa. Com isso os 10% restantes que são destinados ao consumo humano ficam prejudicados.

PORQUE SEMPRE CULPAM O POVO PELA DEGRADAÇÃO?
Quando há ameaça de falta de água ou explicações para os rios estarem poluídos, a culpa sempre recai sobre as pessoas que não controlam o consumo ou despejam esgotos sem tratamento, omitindo que quem mais consome é que mais degrada.
Além disso é importante lembrar: grande parte dos produtos industrializados para o consumo humano são produzidos com materiais que não se degradam com facilidade e muitas vezes contém elementos químicos contaminantes. Entre eles destacamos os materiais de limpeza e higiene, alimentos e, principalmente REMÉDIOS.

http://www.defensoria.org.br



Companheiros e companheiras Em dezembro de 2009, a ONU realiza em Copenhague na Dinamarca, a Cúpula sobre Mudanças Climáticas que deverá revisar o Protocolo de Kioto. Embora a CRISE DO CLIMA afete principalmente as populações pobres, essas populações não tem se apropriado desse tema que reflete as contradições do capitalismo que deseja aperfeiçoar seu mecanismo de "ações em bolsas de valores pelo direito de poluir". Um dos expoentes dessa questão envolve a polêmica situação do lixo nas regiões metropolitanas, a questão da terra, a questão da moradia popular e as políticas neo liberais. Diante disso, nós da DEFENSORIA SOCIAL, estamos propondo a realização de uma Cúpula Social paralela ao encontro da ONU e para tratar dessa proposta teremos o evento abaixo na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Editoras de Livros do Estado de São Paulo em conjunto com os companheiros da Campanha MAIS VIDA, menos lixo, a partir das 19 horas. Contamos com a participação de todos. Abraço fraternal Leonardo Aguiar Morelli Secretário GeralDEFENSORIA SOCIAL

NESSE ESPAÇO SERÁ A CAPELA DA AFSP 09 08 09




NOSSO ARTESANATO 09 08 09


FAZENDO CACHICOL - 09 08 09


NOSSO ARTESÃO 09 08 09


DIA DOS PAIS NA AFSP - 09 08 09


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

REGULAÇÃO AMPLIA PRÁTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL

29/07/2009 Valor Econômico
A responsabilidade social é uma tendência em alta nas empresas. Pelo menos 50% delas adotam no mínimo 22 de 56 práticas consideradas significativas para caracterizar o comprometimento com o desenvolvimento sustentável, que supõe equilíbrio entre aspectos econômicos, ambientais e sociais. Grande parte das iniciativas em curso está em áreas de impacto direto para a sobrevivência dos negócios ou relaciona-se a regulamentações. São ações nos campos da proteção das relações de consumo e nas relações de trabalho realizadas por 60% das companhias.
Esse diagnóstico emerge de uma pesquisa realizada em 2008 pelos institutos Ethos de Empresas e Responsabilidade Social e Akatu pelo Consumo Consciente que será divulgada hoje em São Paulo. Executado pelo Ibope, o levantamento tem como base uma amostra principal de 721 entrevistas com empresas dos setores industrial, de comércio e de serviços e foi complementado por estudos paralelos de segmentos como finanças, energia elétrica e farmacêutica.
A comparação com um estudo similar feito pelo Akatu em 2004 mostra que o número de práticas em vigor nas empresas brasileiras, cuja média ficava em 11, dobrou em quatro anos.
"A pesquisa mostra que há avanços reais", afirma Paulo Itacarambi, vice-presidente executivo do Ethos. Mas, para ele, alguns indicadores do levantamento apontam que a responsabilidade social "ainda não está no coração do processo decisório das empresas".
O número de companhias com comitês estabelecidos para cuidar da área é restrito (8%) e os programas estão em 65% dos casos sob responsabilidade dos departamentos de recursos humanos ou administrativo-financeiro. Como consequência dessa configuração, as empresas olham mais para os aspectos que podem ter impacto direto no negócio ou embutem potenciais riscos pela existência de regulamentações: os direitos dos consumidores e dos empregados.
Nas indústrias, por exemplo, é maior o volume de iniciativas voltadas ao ambiente, foco de diferentes normas e leis específicas do setor. "São práticas que estão relacionadas ao bolso", diz Itacarambi.
A proteção das relações de consumo (referem-se à venda de produtos e serviços), com 51%, e o direito nas relações de trabalho, com 44%, encabeçam a lista de prioridades identificadas na pesquisa. Elas são seguidas por meio ambiente (36%), ética e transparência (29%), governança corporativa (29%) e relacionamento com os públicos (28%).
A limitada atenção dada pelo mundo dos negócios ao diálogo com as partes interessadas - consumidores, funcionários, fornecedores, investidores, acionistas, sociedade civil, governos, por exemplo - representa, segundo Hélio Mattar, diretor-presidente do Akatu, o dado mais preocupante. O investimento na comunicação transparente, diz, é estratégico para construir a credibilidade das companhias, que anda abalada.
Em pesquisa feita há cerca de um ano e meio, o Akatu constatou grande desconfiança em relação às empresas - 51% dos consumidores não acham que existe honestidade e veracidade nas informações delas sobre responsabilidade social. Isso apesar de 78% terem interesse na questão e 30% buscarem mais dados relacionados ao tema.
A resposta do consumidor aos discursos empresariais, que considera vazios, parece ter sido um "deixa pra lá". De 2000 a 2008 o número de pessoas que levavam em consideração as ações socioambientais das empresas nas decisões de compra teve uma queda significativa. O total dos que puniam as companhias, deixando de comprar seus produtos e serviços, passou de 35% para 14%. E o grupo que recompensava a companhia com sua fidelidade caiu de 28% para 17%, relata Mattar.
Embora aponte para uma capilaridade do conceito de responsabilidade social, que está presente inclusive em empresas de menor porte, a pesquisa indica que o envolvimento efetivo concentra-se em companhias de grande porte, tanto pela adesão a um maior número de práticas quanto pela utilização de estratégias como comitês e departamentos voltados especificamente ao tema. São elas também que utilizam ferramentas de apoio como a ISO 14000, de normas ambientais, ou diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), entre outras.
O comprometimento das grandes companhias sinaliza que "existe um vetor" que pode puxar o movimento da responsabilidade social para um conjunto mais amplo de negócios, avalia Itacarambi. Um processo semelhante que ocorreu com a questão da qualidade na década de 90.
Mas as grandes empresas têm seus limites. Número um no varejo mundial, o Wal-Mart deslanchou em 2005 um programa ambicioso de sustentabilidade, com metas como zerar a destinação de resíduos a aterros e, no futuro, abastecer todas as suas lojas com energia 100% renovável. O projeto caminha com sucesso tanto em sua rede como nas ações levadas à cadeia de fornecedores, segundo a vice-presidente de sustentabilidade do Wal-Mart Brasil, Daniela de Fiori.
No último mês, porém, a rede tem tentado equacionar soluções para garantir que a carne de suas gôndolas não seja proveniente de áreas de desmatamento da Amazônia. Apesar de uma ação conjunta com os grupos Pão de Açúcar e Carrefour, obstáculos como a falta de sistemas efetivos de rastreamento têm dificultado o processo e mostrado que poder de pressão empresarial não resolve tudo.
A carne, segundo Daniela, "é um problema estrutural que não se consegue resolver apenas pelo lado da empresa-cliente". A questão, diz, requer mobilização do governo e da sociedade civil.
"O mercado e a sociedade são pouco exigentes no Brasil", nota Itacarambi. E a pesquisa sinaliza claramente que quando há regulamentação o nível de práticas é maior. Para ele, novas regras podem estimular as empresas a realmente encampar a ideia da gestão para a sustentabilidade. "Ainda estamos por fazer as mudanças efetivas que produzem resultados para toda a sociedade", diz.Célia Rosemblum29/07/2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Mensagens e pensamentos - Dom Hélder Câmara

"O amor é o perfume das almas."
"Só as grandes humilhações nos levam ao recesso último de nós mesmos, lá onde as fontes interiores nos banham de luz, de alegria e de paz."
"Se eu dou comida a um pobre, me chamam de santo, mas se eu pergunto por que ele é pobre, me chamam de comunista."
"Basta que um botão erre de casa para que o desencontro seja total."
"Quero dedicar-me até o último suspiro à justiça e a libertação dos oprimidos"
"Um sonho sonhado sozinho é apenas um sonho. Um sonho sonhado juntos é o princípio de uma nova realidade."
"O verdadeiro cristianismo rejeita a idéia de que uns nascem pobres e outros ricos, e que os pobres devem atribuir a sua pobreza à vontade de Deus."
"É graça divina começar bem. Graça maior persistir na caminhada certa. Mas graça das graças é não desistir nunca."

Hélder Câmara

Dom Hélder Câmara
Nome completo
Hélder Pessoa Câmara
Nascimento
7 de Fevereiro de 1909Fortaleza
Morte
27 de Agosto de 1999 (90 anos)Recife
Nacionalidade
Brasileiro
Ocupação
Arcebispo, Teólogo

sábado, 11 de julho de 2009

AOS VISITANTES, COLABORADORES e DOADORES

ASSOCIAÇÃO FRATERNAL SERVOS DOS POBRES
Sede: Estrada da Plenitude. 1130, Bairro Dos Pereiras, São Lourenço da Serra-SP. CEP 06890-000
CNPJ nº. 07.084.951/0001-35 Fones (11)7211.3776 – (11)9551.9948 – (11)7183.0517.

Banco do Brasil C/C 33.515-0 Agencia 1529-6
A Associação Fraternal Servos dos Pobres é uma entidade sem fins lucrativos, que foi instituída legalmente no dia 05 de julho de 2004 e em 14 de outubro de 2005 inauguramos uma chácara de 144.000 mil metros quadrados, com o objetivo social de recuperar moradores de rua, priorizando a formação humana e profissional para sua reintegração na família e na sociedade, atuando dentro de princípios cristãos de amor ao próximo.

A diretoria vem desenvolvendo atividades, através de trabalho dos acolhidos, como: trabalho agrícola, criação de peixe, criação de galinha caipira, artesanato e cultivo de plantas ornamentais, para serem comercializadas.

Considerando que recebemos moradores de rua com bastante deficiência e debilitados para o trabalho, sempre ocorre demora na recuperação, assim, estamos com freqüência precisando de ajuda de custo, doações de alimentos, produtos de higiene pessoal, vestuário e produtos de limpeza.

Certos de que poderemos contar com a valiosa colaboração de nossos visitantes, desde já apresentamos nossos sinceros agradecimentos.

Atenciosamente.
ILMA SARAIVA DA SILVA (Secretária)
EDNALDO JOSÉ DA SILVA (Presidente)

e-mail: servospobres@bol.com.br
blog: http://servospobres.blogspot.com/

Lembrete:
(1) doações em dinheiro, somente na conta corrente do BANCO DO BRASIL, mencionada acima (favor nos mandar um e-mail, informando o depósito ou comprovante através de um dos nossos colaboradores, para os devidos registros).
(2) Demais doações, somente membros da Diretoria ou dos Conselhos mencionados na ATA DE POSSE, se colaborador, favor e se possível confirmar pelos Telefones mencionados acima
CONTAMOS COM SUA VISITA

sábado, 4 de julho de 2009

...mas eu tenho fé, acredito em DEUS, ....

Por ">Angela Ramos da Silva Paula
Manhã de sol, dia de frio, madrugada de gelo e amanhã incerto
A cidade de São Paulo tem mais de 16 mil pessoas em situação de rua e, oito mil vagas em albergues

Terça-feira, 2 de junho de 2009. São Paulo amanhece com céu azul, ar limpo, um lindo e gelado dia de outono. Pelas ruas da capital financeira do país pessoas caminham elegantes e bem vestidas, cachecóis, casacos, botas. Muitas paradas ao longo de elegantes lojas comentam “adoro o inverno, que estação elegante”.
Na região da Rua Vinte e Cinco de Março, carros da companhia de luz fazem reparos, gente indo e vindo com mãos cheias de sacolas, de repente, correria, lá vem o rapa. Camelôs que vendem suas mercadorias no chão ou em pequenas mesas juntam tudo e saem correndo na tentativa de preservar o ganho pão da família. Uma senhora de aproximadamente 50 anos, moradora da Pedreira zona sul da cidade, comenta “Vida de pobre é assim mesmo, quanto mais os ricos ficam ricos mais ódio eles tem dos pobres. mas eu tenho fé, acredito em Deus, vou continuar trabalhando assim mesmo. Quer comprar um carrinho de mim moça?”

A cada hora que se passa, o frio aumenta. Na Praça do Correio dezenas de pessoas encolhidas, sem botas, sem casacos, sem luvas, sem a elegância da estação. Sentadas, deitadas, sobre caixas de papelão ou embaixo de cabanas improvisadas com pedaços de lona ou papelão, tentam abrigar-se do frio. A cidade de São Paulo tem mais de 16 mil pessoas em situação de rua e, oito mil vagas em albergues. Metade não tem onde pernoitar. Esse número cresce a cada dia. As favelas estão sendo urbanizadas, onde têm 900 famílias o governo constrói 300 apartamentos, e o resto? O resto, recebe 3,5 8 mil reais de indenização pelo barraco e some, para a rua ou lá prós confins da cidade. A periferia se expande!!!

No meio disto tudo está Mara Sobral, ex menina de rua, mãe de 12 filhos, nove adotados, caminhando com olhos tristes, desanimada, cansada, revoltada. Mara se diz cansada se ser violentada “Quando escapamos da violência da família caímos nas ruas e daí por diante passamos a ser violentadas diariamente pelo sistema”. A central de catadores onde Mara trabalhou por alguns anos sofreu um incêndio criminoso em dezembro de 2008 e desde então Mara e seus companheiros lutam para tentar reabrir o local.

Parece simples,queimou,apagou-se o fogo,reformou,voltou-se a trabalhar. Não, não é assim tão simples. A partir do momento em que a cooperativa foi incendiada os cooperados perderam a chance de continuar trabalhando. A cooperativa foi fechada, o que aconteceu ninguém sabe. Quem vai perder tempo investigando incêndio em cooperativa de catadores? A quem interessa?Afinal ali só trabalha o refugo da sociedade. O lixo humano produzido pelo capitalismo, os párias da modernidade, segundo afirma o sociólogo polonês Zygmunt Bauman em seu livro Vidas desperdiçadas.

Depois de muita repercussão, muita luta e muita promessa a cooperativa talvez fosse reabrir as portas provisoriamente em um pequeno galpão de 320m nos próximos dias. Mas, apareceu mais um problema, Wagner, conhecido como Sting, responsável pela coleta seletiva na cidade de São Paulo resolveu que, a cooperativa só terá os caminhões da Limpurb disponíveis para coleta do material doado pelos condomínios a central da Granja Julieta, quando os catadores quitarem a dívida de 18 mil reais com o INSS. A promessa de reabrir a cooperativa para que os catadores pudessem começar a trabalhar foi por água abaixo? E agora?Como é que eles vão arrumar oito mil reais para saudar esta dívida?Como vão saudar as dívidas pessoais que não são poucas?Como ficam essas vidas?

No final do dia o frio já era de fazer doer os ossos. Mara caminhava em direção ao terminal Bandeira para pegar um ônibus rumo à zona sul. Quando de repente viu um sorriso a sua frente. Era Sorriso, ex cooperado. Filho da rua, Sorriso perdeu a mãe nas ruas, morta a pauladas. Ele, doente mental, ex albergado da região de Santo Amaro, teve a chance de ter um lar. Com o trabalho da cooperativa, Sorriso pagava o aluguel de seu cantinho, agora sem emprego Sorriso voltou às ruas. Ficaram longes os tempos em que ele podia comprar e pagar suas contas.Sorriso tem dificuldades,não se adapta a qualquer lugar,precisa de apoio,carinho.

Para ficar longe das lembranças Sorriso deixou Santo Amaro e foi dormir no berço esplendido das ruas da região central. Mara chora pede para que ele volte para Santo Amaro, para o albergue da Ceninha. Tem medo que ele morra de frio, ou que alguém o mate. Ele é uma criança grande.

Na cidade dos lucros, no coração financeiro do país, não há lugar para os menos favorecidos. A aqui não é a cidade dos sonhos onde todos podem trabalhar e crescer. Aqui se escolhe quem pode trabalhar, não basta querer. Aqui os sonhos se queimam, os corações são frios e o lixo deve desaparecer da frente dos olhos dos mais favorecidos. Não importa a que custo e muito menos se o lixo é o que ou quem.

Que nesta madrugada gelada o Bento do Portão proteja a todos os Sorrisos jogados nas calçadas da paulicéia desvairada.
Colaboração: ADEMIR DE SOUZA

terça-feira, 30 de junho de 2009

ABRIL DE 2009 - AGRADECEMOS PRESENÇA DOS COLABORADORES
















ABRIL DE 2009 - AGRADECEMOS PRESENÇA DOS COLABORADORES
















NOSSA HORTA - COMUNIDADE DANDO FRUTOS


ABRIL DE 2009 - (video DO OVO) AGRADECEMOS PRESENÇA DOS COLABORADORES

CEDHRO - COMEMORA 60 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS


Olá Lutadores e lutadoras dos Direitos Humanos na Região Oeste!Nos reunimos no dia 09 de outubro, para preparação das atividades de comemoração dos 60 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, na semana de 08 à 13 de dezembro/2008.Atividades propostas:1- apresentação da peça teatral " 68 + 40" do empreendimento solidário BOCA DE PANO, no dia 13 de dezembro na frente da portaria da Cobrasma - Rua da Estação centro de Osasco;2 - MOSTRA DE CINEMA E DIREITOS durante a semana, no fim da tarde, no Centro Público de Economia Popular e Solidária, assumido a preparação por eles;3 - Dia 10/12, cada municipio realize atividades que deem visibilidade para o dia, como panfletagem de cópias da Declaração dos Direitos Humanos nos centros comerciais; atividades nas escolas estaduais e municipais, encerrando com celebrações e encontros;4 - Seminários4.1 - sobre DIREITO À MEMORIA - ABERTURA DOS ARQUIVOS, assumido pelos Fórum dos ex presos políticos;4.2 - Seminário sobre ANALISE DOS 60 ANOS APÓS A a promulgação da DECLARAÇÃO Universal do Direitos, com proposta de assessoria de: Hélio Bicudo, Renato Simões;4.3 - Seminário sobre INTOLERANCIA SOCIAL E O DIREITO A LIBERDADE4.4 - Seminário sobre RESGATE DAS LUTAS SOCIAIS NA REGIÃO, sistema carcerário; celinha; defensoria pública,....Material de divulgação:- cartaz;- folhetos;- Cópias da Declaração Universal dos Direitos Humanos;- Termo de Compromisso dos eleitos com os Direitos Humanos.Agendamos outra reunião para o dia 17/10, sexta feira, às 19h30 no Centro de Pastoral, para encaminhamentos das propostas.É importante que todos e todas participem. Muitas outras atividades podem ser realizadas, dependendo da nossa criatividade.(Fonte: Cida Lopes / CEDHRO)
Postado por Jairo Camilo (MTb 29.160) às 12:15 PM

segunda-feira, 29 de junho de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

Irmãs da Toca de Assis (em Cotia-SP)


Morador da Toca Assis (Colaborador da AFSP)


Irmã Adriana



Querubim(colaborador AFSP) visitando morador enfermo na Toca Assis
Leninha (Colaboradora AFSP, visitando morador da Toca Assis



domingo, 14 de junho de 2009

GRÁTIS PARA VOCÊ "MANUAL DE IDENTIFICAÇÃO DE MUDAS DE ESPÉCIES FLORESTAIS"

14 de Junho de 2009
Secretaria Municipal de Meio Ambiente Lança Manual de Identificação de Mudas e assina Pacto Pela Restauração da Mata AtlânticaO Parque Nacional da Tijuca foi palco, na sexta-feira 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, de 2 importantes eventos patrocinados pela prefeitura do Rio. O secretário municipal de Meio Ambiente, Carlos Alberto Muniz, lança o “Manual de Identificação de Mudas de Espécies Florestais”, pesquisa desenvolvida para ser destinada aos profissionais e demais interessados em realizar plantios florestais, especialmente em encostas.O Manual contém fichas ilustradas de espécies florestais nativas da Mata Atlântica com a respectiva classificação, zona de ocorrência, informações ecológicas, usos, fenologia e características morfológicas que permitem a identificação das mudas. Apresenta ainda instruções de plantio adequadas às condições mais comuns na cidade do Rio de Janeiro e na Região Metropolitana. Todas as espécies apresentadas foram testadas e aprovadas em plantios realizados ao longo de mais de 20 anos pela Prefeitura do Rio, especialmente no âmbito do Mutirão Reflorestamento.O lançamento do “Manual de Identificação de Mudas de Espécies Florestais” foi no Centro de Visitantes do Parque, que fica na Estrada da Cascatinha, s/n, na Floresta da Tijuca. Em seguida, foi assinado pelo secretário Carlos Alberto Muniz o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, que objetiva ampliar a recuperação de um dos ecossistemas mais devastados do Brasil, mas que ainda encontra no Rio parte dessa mata preservada.Atualmente, há apenas cerca de 7% da cobertura original desse bioma em território brasileiro. O Pacto pela Restauração da Mata Atlântica reúne mais de 50 organizações ambientalistas, indivíduos, empresas e governos, cuja missão é integrar esforços e recursos para a geração de resultados em conservação da biodiversidade. A meta é recuperar, até 2050, um total de 15 milhões de hectares da Mata, o equivalente a 15 milhões de campos de futebol do tamanho do Maracanã.
Faça o DOWNLOAD GRATUITO DO MANUAL
Do Portal da Prefeitura do Rio de JaneiroINSTITUTO SOS RIOS DO BRASILDivulgando, Promovendo e Valorizando quem defende as águas brasileiras!ÁGUA - QUEM USA, CUIDA!
Postado por Prof. Jarmuth às 12:51 AM 0 comentários

sábado, 6 de junho de 2009

PROJETO SOCIAL DA ASSOCIAÇÃO FRATERNAL SERVOS DOS POBRES


1. IDENTIFICAÇÃO
A Associação Fraternal Servos dos Pobres, constituída em 05 de julho de 2004 é uma associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, com sede própria à Rua da Plenitude, 1130, Bairro dos Pereiras, CEP: 06890-000, São Lourenço da Serra / SP.
A Associação tem por finalidade prestar serviços na área social, com a população excluída, prioritariamente os moradores de rua maiores de idade, buscando o bem estar dos mesmos, promovendo projetos de assistência social, formação humana e qualificação profissional.

2. APRESENTAÇÃO
Projeto de acolhida e recuperação da cidadania de moradores de rua procedentes da região metropolitana da grande São Paulo e prioritariamente do entorno de sua sede.

3. BREVE HISTÓRICO DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE EXCLUSÃO
Com a globalização e a busca exagerada pelo lucro e o processo de industrialização não se preocupou com as pessoas. A partir do desemprego e da falta de oportunidade, e ou até de problemas pessoais, muitos perdem o sentido da vida e a auto-estima. Na fuga dos problemas eles buscam o álcool e as drogas, o que vem acarretando em problemas piores até que chegam a transfiguração do seu corpo e da sua dignidade humana.
O mercado vem cada vez mais exigindo uma série de aperfeiçoamentos para se manter em condições de empregabilidade, porém muitas pessoas não conseguem acompanhar estas mudanças e acabam ficando a margem (marginalizados). Sem ajuda e apoio dificilmente o morador de Rua conseguirá a sua inclusão social.
Para a inclusão destas pessoas marginalizadas que normalmente são chamados de diferentes nomes: “Morador de rua, catador, trecheiro, albergado, maloqueiro, pardal, nóia, sofredor de rua, pessoa em situação de rua, mendigo...” (Walter Varanda, 2004:4) o projeto procura atender um quesito essencial que é a recuperação de sua dignidade, a melhoria da qualidade de vida e a possibilidade de adquirir uma nova raiz, de voltar a fazer parte da sociedade e sentir-se parte dela.
Podemos observar nesses anos todos, que um banho quente, roupas limpas, refeição e abrigo, acrescidos de respeito e amor podem transformar um indivíduo que viajou muitas horas, dormiu ao relento e foi discriminado pelo preconceito. É gratificante ver como o ser humano é sensível ao amor.
Ao olharmos o morador de rua precisamos ter a capacidade de ver sua história e ter compaixão, não podemos nos preocupar somente com soluções emergenciais, porém com programas específicos para que o morador de rua possa tornar-se autônomo.
3.1 Perfil do Público Alvo. Quem são?
São moradores (as) em situação de rua:
1) 80% homens e 20% mulheres
2) Com doenças derivadas da desnutrição, falta de higiene pessoal e de diversas drogo dependências.
3) Baixo nível de escolaridade, aproximadamente 75% são analfabetos ou semi-analfabetos.
4) Sem qualificação profissional para o mercado de trabalho.
5) Sem a referência familiar não tendo contato com parentes, por motivo de traição conjugal, falecimento ou por estarem distantes da terra onde vivem os parentes.

Conseqüências:
a) Trabalham no mercado informal, mais conhecido como “bico”, sendo que buscam matérias para venderem a ferro velho, ajudam a carregar barracas para camelôs, mendigam, cuidam de carro na rua, vendem nos faróis e etc. Já que pelas características descritas não conseguem manter no mercado formal.
b) Sem renda e trabalho são obrigados a dormir debaixo de pontes, em praças públicas, nas portas de comércios com telhado do lado de fora, debaixo do carrinho que buscam papelão deixando para usar albergues públicos somente quando estão doentes porque os albergues da região permitem que a pessoa fique somente por três noites.
c) Não conseguem se alimentar, pois não tem lugar para cozinhar nem dinheiro para comprar alimentos. Pontualmente recebem doações de voluntários que levam até o morador de rua, ou de associações e albergues alimento, banho e roupas.
Muitos perderam os documentos de identidade, CPF, título de eleitor, etc como não possuem endereço nem informação dos recursos normalizados passam a não ter sua cidadania.
A região de abrangência deste projeto é a região metropolitana da grande São Paulo e prioritariamente o município de São Lourenço da Serra.

4. MISSÃO
Resgatar os moradores de rua para que recuperem a plena cidadania.

5. VISÃO
Ser uma instituição onde o morador de rua construa suporte para a sua formação humana e profissional e independência econômica para reitegrar-se na sociedade.

6. OBJETIVO GERAL
Resgatar os excluídos, em situação de rua, oferecendo uma oportunidade de se reintegrarem à sociedade através do trabalho, da formação humana e profissional, do convívio comunitário, da preservação da natureza e dos processos ecológicos e do uso sustentável dos recursos naturais.

6.1 Objetivos Específicos
1) Implementar o projeto de casa abrigo, com funcionamento vinte e quatro horas por dia para recuperação dos moradores de rua, maiores de dezoito anos e que estejam gozando de saúde física e mental.
2) Formar social, profissional e culturalmente os moradores acolhidos.
3) Desenvolver atividades de auto-sustentamento e subsistência para e com os próprios beneficiários.
4) Integrar, assessorar e dinamizar os voluntários e técnicos que trabalhem nas atividades de formação humana e profissional.
5) Apoiar e estabelecer ligações com outros organismos que com ela busquem o bem estar dos moradores de rua e a da justiça social.
6) Providenciar, mediante convênios, recursos adequados, materiais e financeiros para a realização de seus programas sociais.

7. RECURSOS FINANCEIRO
A instituição captará recursos para o projeto através:
· Doações de pessoas físicas, jurídicas e órgãos públicos
· Parceria e convênios específicos com instituições financiadoras de projetos sociais
· Comercialização dos produtos das atividades (Horta, Galinhas, Criação de Peixes e Artesanato)
· Eventos promovidos pelos voluntários (bingos, bazares, rifas, festas, etc)

8. INCIDÊNCIA DO PROJETO
O projeto de acolhida dos moradores de rua incidirá em melhoria da qualidade de vida em diversos âmbitos:
· Meio ambiente: por sua visão de preservação e conservação dos recursos naturais;
· Vida da comunidade: pela promoção da vida humana e construção de uma sociedade mais justa e solidária.
· Beneficiários (voluntários e acolhidos) pelo resgate da dignidade, da auto-estima, da cidadania e pela promoção do valor da solidariedade.

9. ADMINISTRAÇÃO DO PROJETO
O projeto será administrado pela diretoria da Associação e com o acompanhamento do conselho fiscal e consultivo da associação.
DIRETORIA:
· Presidente
Ednaldo José da Silva, brasileiro, paisagista.

· Vice presidente
Mario Bandeira, brasileiro, serralheiro.

· Primeira Secretária
Ilma Saraiva da Silva, brasileira, do lar.

· Segunda Secretária
Maria Pereira Martins, brasileira, do lar.

· Primeiro Tesoureiro
Ademir de Souza, brasileiro, técnico contábil.

· Segunda tesoureira
Valdeny Pereira de Oliveira, brasileira, comerciante.



DIRETOR DE PROJETOS:
Ademir de Souza, brasileiro, técnico contábil.

CONSELHO CONSULTIVO:
· Marcelo Rodrigues D´Ouro
· Devaldir dos Santos de Paulo
· Silvio da Silva

CONSELHO FISCAL:
. José Alves Miranda
. João Correa
. Getulio Matsumoto
. Renato Rodrigues D´Ouro
. Rosigley Rabelo Diógenes

10. AVALIAÇÃO
A avaliação do projeto será feita em reuniões bimestrais com a participação dos administradores, dos operadores e voluntários, visando o acompanhamento e aprimoramento dos objetivos específicos.
Semestralmente será realizada uma avaliação geral e elaborado um relatório detalhado dos resultados, das dificuldades, das alterações e projeções, será realizado pela equipe administrativa com ajuda de profissionais competentes buscando analisar dois aspectos:
a) O processo de gestão, como foram tomadas às decisões de gestão, considerando entre outras que surgirem as seguintes questões:
· Quais foram os custos?
· Como foram tomadas as decisões?
· Que variáveis internas e externas interferiram no funcionamento do projeto?
· Quais foram os pontos fortes e fracos da gestão do projeto?
b) A avaliação dos objetivos e estratégias, considerando entre outras que surgirem as seguintes questões:
· Quais os objetivos que foram afetados?
· Até que ponto o projeto alcançou seus objetivos?
· Como melhorar a qualidade dos bens/serviços do projeto?
· Como minimizar custos?

Tesouro do Céu


terça-feira, 2 de junho de 2009

SABER CUIDAR DAS PESSOAS DE NOSSAS CIDADES

Em momentos críticos como os que vivemos de crise mundial, inicio de ano e pela expectativa da posse dos (as) prefeitos (as) , revisitamos a teimosa esperança de dias melhores e nos colocamos no caminho da conversão de nossos hábitos cotidianos e políticos, privados e públicos, culturais e espirituais. Na crise e nas viradas de ano temos a necessidade de novos paradigmas pessoais e sociais que inaugure um novo pacto social que seja capaz de propor alternativas que representem uma nova esperança.Encerrando 2008 e iniciando 2009, nossa teimosa esperança nos impõe um desafio permanente de lidar com sonhos. Sonhos de mudanças e transformações, que nos foram oferecidos nas últimas eleições nas promessas dos candidatos, mas que também é fruto da nossa indignação compromissada que quer tornar-se atitude, ação concreta de protesto ou de defesa de valores que acreditamos. No fundo de nós mesmos, ano após ano, lutamos para não perdermos a virtude da sensibilidade humana que funciona como antídoto ao sentimento de abandono que parte da população de nossas cidades sente. Essa população é composta de pessoas concretas. Homens e mulheres possuidores de um rosto, de um olhar que torna impossível a indiferença.Neste sentido, aproveitando os tempos de mudanças, nos perguntamos: Qual é a importância da gestão pública nas nossas vidas? Em que consiste o papel do gestor? Como garantir programas e políticas públicas para que a capacidade coletiva aumente e o serviço público seja de melhor qualidade? Os (as) eleitos (as) e re-eleitos (as) já se deram conta da diferença entre os conceitos administrar e cuidar?A resposta a estas perguntas divide as políticas públicas, as tradições humanistas, os partidos, as igrejas, as entidades e os movimentos. Cresce, em nossa Região, mais e mais a convicção de que as estratégias meramente assistencialistas e paternalistas não resolvem como nunca resolveram os problemas dos pobres e excluídos. Há um descuido e um descaso pela coisa pública. Organizam-se políticas pobres para os pobres; os investimentos sociais em segurança alimentar e nutricional, em saúde, em educação e em moradia são, em geral, insuficientes. Há um descuido vergonhoso pelo nível moral da vida pública marcada pela corrupção e pelo jogo explícito de poder de grupos marcados pelo interesse corporativo.Um dos maiores desafios lançados à política orientada pela ética e ao modo-de-ser-cuidado é conceber a gestão pública como idéia de serviço à sociedade, muito além da imagem de desconfiança, formalismo e burocracia que o senso comum sugere. O (a) gestor (a) público é acima de tudo um (a) servidor (a), e sua missão é garantir a funcionalidade da estrutura administrativa para que os direitos das pessoas sejam assegurados e também para que os deveres dos cidadãos e cidadãs sejam cumpridos. O ocupante da função pública, para ser legítimo e plenamente representativo, tem que estabelecer formas de aferição para agir com sintonia com seus representados. Prestar contas do que faz. Saber lidar com os mecanismos de controle, que há tempo deixaram de ser apenas as ferramentas tradicionais de avaliação. Buscar a governança através do consenso firmado na transparência, no bem comum e na garantia de que as mudanças que se fazem necessárias serão implementadas nos próximos quatro anos.Assim, mais do que uma reflexão, é necessário nos convencermos de que a construção de uma nova sociedade está diretamente relacionada com os valores que praticamos. Mudar a sociedade não é apenas mudar os proprietários dos meios de produção, mudar o regime político, transformar as classes sociais. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude.
José Lourenço Pechtoll – jornalista; Gerente de Armazenagem da Ceagesp.
Ademir de Souza – Técnico Contábil - INICIATIVA CONTÁBIL